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Docla Central |
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Emprego |
O uso
bélico, e a possível efetividade militar dos agentes químicos e bacteriológicos não
poderão ser devidamente apreciados se tais agentes forem considerados simplesmente como
venenos e pragas. É necessário que sejam considerados dentro do contexto do sistema de
armas do qual constituem parte. Um sistema de armas compreende todo o equipamento e
pessoal, assim como a organização, necessários para manter e operar um aparelho
militar. Muitos e complexos problemas tecnológicos tem de ser superados para
transformação de um "agente" químico ou bacteriológico em um "sistema
de armamento". Um arma é de pouco valor militar quando não merece muita confiança
e se não puder, com precisão ser disparada contra um alvo. Além dos conceitos relativos
à defesa, como máscaras, roupas protetoras, alarmes de detecção, etc. Mas sempre
existe a possibilidade de, ao escolher um único agente e um método simples para
colocá-lo em ação, ma nação pode se equipar sem grandes despesas, para atacar uma
área limitada, com ma razoável chance de ser bem sucedida. |
Armas Químicas |
As armas
químicas poderiam ser empregadas dentro da zona de contato das forças inimigas, ou
contra alvos militares tais como aeroportos, quartéis, depósitos de suprimentos, e
centros ferroviários bastante afastados do campos de batalha propriamente dito, ou contra
alvos Que não tem um conexão imediata com as operações militares, tais como centros
populacionais, terrenos agrícolas e reservatórios dágua. As circunstâncias em
que os agentes químicos poderiam se usados na zona de operação são muitas e variadas
para obter vantagens sobre ma força militar despreparada, à qual falte
equipamento químico de proteção, para remoção de folhagens, para criar barreiras de
terreno contaminado, retardar o avanço do inimigo, obrigando a usar roupas e equipamentos
de proteção, que sem dúvida iria restringir a mobilidade e impedir atividades normais
da tropa. O risco de baixas entre a população civil obviamente maior se os ataques
fossem efetuados contra objetivos militares afastados do campo de batalha, e seria muito
sério no caso de ataques a centros populacionais. |
Armas Bacteriológicas (biológicas) |
Não
existe experiência militar quanto ao emprego de agentes bacteriológicos (biológicos)
como armas de guerra, e a possibilidade de seu emprego com tal tem sido feito
freqüentemente questionada. Uma questão muitas vezes levantada é a da extrapolações
feitas com base em resultados obtidos em laboratórios para as situações reinantes nos
campos de batalha.Em uma experiência de campo, sulfeto de zinco cádmio (um pó
inofensivo), foi disseminado em partículas de dois microns um micron equivale a um
milionésimo do um metro de diâmetro de um navio passando a 16 quilômetros da
costa. Cerca de 200 quilos foram disseminados quando o navio passava a uma distância de
260 quilômetros, paralelo à linha da costa. O resultante aerosol "viajou" pelo
menos 750 quilômetros e cobriu um área com mais de 75.000 quilômetros quadrados. Uma idéia do tamanho relativo das áreas que
podem ser cobertas por aerosóis químicos e bacteriológicos (biológicos) pode ser
obtida com esta experiência. Se as partículas transportadas fossem um agente
bacteriológico, elas não teriam causado baixas em ma área tão grande quanto a da
experiência, por causa do enfraquecimento do agente enquanto em estado de aerossol.
Contudo, dependendo do organismo e seu grau de resistência, áreas de 5.000 a 20.000
quilômetros quadrados poderiam ser efetivamente atacadas, afetando ma grande proporção
das pessoas desprotegidas, situadas na área contaminada. A área coberta por tal ataque
químico poderia assim ser compreendida entre 50 e 150 quilômetros quadrados, quando
comparada com a de 5.00 a 20.000 quilômetros quadrados do ataque bacteriológico
(biológico).
Para fins de sabotagem ou operações
cobertas (secretas, como nas ações de sabotagem atrás de linhas inimigas) pequenos
geradores de aerossol para agentes bacteriológicos poderiam ser construídos por exemplo
sob a forma de canetas ou isqueiros, ou à mão para a contaminação de reservatórios
dágua ou sistemas de ventilação. Além das vítimas poderia causar grande
pânico. Se meio quilo de ma cultura de Salmonella fosse acrescentado a um
reservatório contendo cinco milhões de litros dágua, e completamente misturado,
graves doenças ou incapacitações seriam sofridas por qualquer pessoa que bebesse um
decilitro (cerca de três onças) desta água não tratada. O mesmo grau de envenenamento
que seria produzido por meio quilo de Salmonella poderia ser obtido com o emprego de cinco
quilos de toxina botulinum, sete quilos de enterotoxina estafilococos, ou cinqüenta
quilos de agente-V, ou no caso de produtos químicos industriais comuns, cinco toneladas
de fluoracetato de sódio (empregado como raticida) ou dez toneladas de cianureto de
potássio. |
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