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Defesa do homem contra agentes químicos e bacteriológicos (Biológicos)

Um sistema completo contra ataques por agentes químicos e bacteriológicos, teria que fornecer a detecção e alarme, rápida identificação dos agentes, proteção do aparelho respiratório e pele, descontaminação e profilaxia médica, e tratamento. Alguns componentes de tal sistema poderiam ser resolvidos com um equipamento relativamente simples. Outros precisariam de um aparelho altamente complexo. E todo o sistema necessitaria de uma organização perfeita manobra por pessoal bem treinado. Apesar das unidades militares e pequenos grupos de civis poderem ser equipados e treinados para sua autoproteção, seria impraticável para a maioria dos países (senão para todos) fornecer uma proteção completa para toda a sua população civi

I – Proteção médica

Ataques químicos

Não existe nenhum tratamento profilático geral para a proteção contra ataques químicos. Antídotos (atropinas e oximas) para os gases de atuação sobre o sistema nervoso são valiosos caso sejam administrados cerca de meia hora antes ou muito pouco tempo depois da exposição. Contudo a atropina, por si mesma, é toxica e poderia incapacitar pessoas desprotegidas se administrada em grandes doses. A pele pode ser protegida dos vapores dos agentes vesicantes por vários linimentos, mas estes não são efetivos contra a contaminação por líquidos.

Ataques bacteriológicos (biológicos)

A vacinação é a medida mais efetiva para proteger a população contra doenças infecciosas naturais e constitui o único meio capaz de ser utilizado para a profilaxia de ataques bacteriológicos. O valor protetor das vacinas contra a varíola, febre amarela, difteria e outras doenças já está plenamente estabelecido, apesar de a proteção fornecida por elas pode ser anulada se ma pessoa vacinada for exposta a ma grande quantidade do agente infeccioso. Contudo, é provável que mesmo aquelas vacinas já existentes, efetivas na prevenção contra doenças naturalmente infecciosas, forneçam apenas ma proteção limitada contra a infecção do aparelho respiratório por um agente disseminado no ar, em grandes quantidades, pelas armas bacteriológicas (biológicas). Além do mais, populações inteiras não poderiam ser vacinadas contra todas as possíveis doenças. O desenvolvimento, produção e administração de tantas vacinas seriam extremamente custosos, e algumas vacinas poderiam produzir reações indesejáveis ou perigosas nos pacientes aos quais fossem administradas.

A profilaxia contra algumas doenças também pode ser fornecida pela administração de um anti-soro específico extraído do sangue de pessoas ou animais anteriormente inoculados com microorganismos, ou em sangue. A antitoxina do tétano é empregada desta forma e até que métodos mais efetivos o substituíram o anti-soro era empregado contra muitas doenças. Contudo seria impraticável produzir um anti-soro específico contra todos os agentes bacteriológicos (biológicos) e torná-los disponível para emprego em grandes populações.
Outras possibilidades, como por exemplo, o uso de materiais terapêuticos antes do aparecimento dos sintomas, são igualmente remotas quanto à sua realização prática. Estas incluem a administração de soro imune, gamaglobulina ou algumas drogas como os antibióticos e as sulfanilamidas. O uso da gamaglobulina para evitar ou mitigar a severidade de ma doença pode ser útil para o caso de indivíduos que se saiba tenham sido expostos. Mas até agora a gamaglobulina é obtida pela separação do sangue humano e, com isso nunca se poderia dispor de estoques de gamaglobulina, exceto para atender a casos isolados. Teoricamente a quimioprofilaxia (o emprego de drogas e antibióticos para evitar infecções ) também poderia ser útil a curto prazo para pequenos grupos em operação sob riscos especialmente altos. Mas seria prudente esperar que os agentes bacteriológicos (biológicos) a ser empregados por um inimigo fossem exatamente aqueles resistentes a tais tipos de drogas.

II – Detecção e Alarme
Deve-se detectar ma nuvem de um agente químico ou bacteriológico no ar ainda em tempo de se realizar a distribuição de máscaras e roupas protetoras antes que o ataque possa tornar-se efetivo. De ma forma geral o objetivo seria tentar detectar a nuvem lançada contra um alvo de forma a poder prevenir todos aqueles em seu raio de ação. Também existe a necessidade da detecção da contaminação do solo e do equipamento de detecção para possibilitar aos atacados decidir quando seria seguro remover seu equipamento de proteção.

Ataques químicos

Durante a Primeira Guerra Mundial foi possível confiar no cheiro e na cor como o principal alarme quanto ao lançamento de um ataque químico pelo inimigo. Os novos, e mais tóxicos, agentes químicos não podem ser detectados desta forma. Entretanto, por outro lado, provas presumíveis de que tais armas tenham sido empregadas seriam valiosas como alarme. Uma vez que o inimigo tivesse usado armas químicas, dever-se-ia presumir que cada ataque subseqüente seria possivelmente um ataque químico, e as medidas de proteção teriam que ser instituídas imediatamente. Os indivíduos teriam que usar máscaras não só quando de um ataque aéreo no qual fosse empregado um vaporizador, ou quando se registrasse ma fumaça ou nevoeiro de origem desconhecida, ou um cheiro estranho, ou passassem a sofrer de sintomas inesperados, tais como corrimento nasal, engasgos e dores no peito ou distúrbios da visão, mas também teriam que usar máscaras sempre que fosse realizado um bombardeio. Contudo, por causa da incerteza, seria claramente desejável idealizar e empregar um sistema de instrumentos que pudesse detectar a presença de tóxicos químicos em concentração menor do que a causadora de efeitos fisiológicos, e capaz de dar o alarme em tempo útil sobre a realização de um ataque químico. Também seria vantajoso possuir dispositivos de teste coletores e facilidades de laboratórios analíticos para possibilitar a determinação da segurança do meio-ambiente, assim como identificar com exatidão o agente químico específico empregado no ataque.

Os instrumentos de alarme já elaborados contem detectores sensíveis que movimentam um alarme automático para prevenir as pessoas a tomar medidas de precaução antes que estas possam ingerir uma dose prejudicial de um agente químico. Este aparelhos são de dois tipos básico: os de teste de ar, que recolhem amostras de ar por meio de ma bomba de ar em pontos determinados, e os de controle de área, os quais inspecionam uma área específica em busca de agentes químicos a desvantagem dos alarmes de teste de ar é de que eles tem de ser colocados contra o vento na área a ser protegida, e a necessidade de um número relativamente grande destes aparelhos. Quando o vento muda é necessário mudar a posição destes aparelhos. Até agora, não foram desenvolvidos efetivos sistemas de alarme para controle de áreas.
Vale lembrar que mesmo com o uso deste sistemas de alarme, o pessoal próximo ao ponto de disseminação de um agente químico poderá não dispor de tempo suficiente para adotar as medidas destinadas à sua proteção.

Agentes bacteriológicos (biológicos)

Diferentemente das armas químicas, as armas bacteriológicas não podem ser prontamente distinguidas do "fundo" biológico do meio ambiente por meio de reações químicas ou físicas específicas, e concentrações muito menores de agentes bacteriológicos em aerosol são muito mais perigosas do que as de agentes químicos. O problema da pronta detecção e alarme é assim muito mais difícil do que no caso das armas químicas. Para este problema, foi obtida ma solução parcial com o emprego de certos aparelhos físicos não específicos mas muito sensíveis, tais como os contadores de partículas e detectores de proteínas (as proteínas são um constituinte típico dos microrganismos). Provas presumíveis de um ataque bacteriológico poderiam ser obtidas o caso de registro de ma modificação extraordinária do padrão normal do ar examinado pelos instrumentos. Contudo, o registro de tais modificações exigiria um estudo intensivo e prolongado do padrão normal em uma determinada localidade.

 

 


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