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Agentes
que afetam o homem |
Todas as doenças sob consideração ocorrem
naturalmente e os organismos que as causam, com poucas exceções, são conhecidos dos
cientistas em todo o mundo. Agentes incapacitadores são aqueles que em epidemias
naturais, causam doenças, mas raramente a morte. Se a doença natural apresenta ma grande
taxa de mortalidade, então o agente é considerado como letal. Contudo, estes agentes
quando empregados em aerossol, como armas, podem causar doenças mais graves do que as que
ocorreriam normalmente.
Diferentes populações apresentaram um grau variável de resistência às doenças
produzidas por agentes bacteriológicos (biológicos). Uma doença infecciosa que poderia
ser apenas levemente incapacitantes em ma população poderia mostrar-se desastrosa em
outra. Por exemplo quando o sarampo surgiu pela primeira vez nas Ilhas do Hawai, causou
muito mais morte do que na população relativamente mais resistente da Europa. Uma arma
bacteriológica destinada apenas a incapacitar poderia ser altamente letal contra ma
população onde a resistência tenha sido diminuída como causa da desnutrição.
Inversamente, uma arma destinada a disseminar ma doença letal poderia causar apenas ma
ocasional doença benigna em pessoas que tenham recebido ma vacina protetora ou que tenham
se tornado imunes como resultante de uma infecção natural. A história da epidemiologia
é cheia de surpresas.
Os vírus
são as menores formas de vida. A maioria deles só pode ser vista com a utilização de
um microscópio eletrônico e precisa ser cultivada em tecidos vivos (culturas em tecidos,
ovos, etc.) a manipulação genética de todo o vírus, ou a manipulação química de seu
ácido nucléico poderia ser empregada para a obtenção de tipos de maior virulência ou
maior estabilidade às condições do meio-ambiente.
As rickettsia
são intermediárias entre os vírus e as bactérias. Como os vírus, elas se desenvolvem
apenas em tecidos vivos. A julgar pela literatura científica a seu respeito, a pesquisa
sobre a genética das rickettsia tem sido muito menor do que a sobre os vírus e
bactérias.
As bactérias
são maiores do que os vírus, variando em tamanho de 0,3 micron a vários microns. Elas
podem ser facilmente desenvolvidas em larga escala, empregando-se para tanto equipamento e
processos semelhantes aos empregados pela indústria de fermentação, mas ma experiência
e técnica especializadas seriam necessárias para devolvê-las em quantidade no estado
particular em que causem doenças prontamente. Apesar de muitas bactérias patogênicas
(causadoras de doenças) serem susceptíveis aos antibióticos, grupos resistentes aos
antibióticos ocorrem normalmente e podem ser selecionados ou obtidos através dos
métodos adequados de manipulação genética. Da mesma forma, é possível selecionar
culturas com uma resistência aumentada à inativação causada pela luz solar e secagem.
Os fungos
também produzem ma série de doenças no homem, mas muito poucas espécies parecem Ter
qualquer potencial em ma guerra bacteriológica (biológica).
Os protozoários
são organismos microscópicos e unicelulares causadores de várias doenças humanas
importantes, inclusive a malária. Mas por causa de seus complexos ciclos vitais eles
também parecerem Ter pouca importância no contexto atual.
Os vermes
parasitas, tais como o estroglóide e a filária tem ciclos vitais muito
complicados. Causam doenças e incapacidade apenas depois de ma longa exposição e
repetidas infecções e seria extremamente difícil produzi-los em quantidade,
estóca-los, transportá-los e disseminá-los por intermédio de uma arma. Também é
difícil conceber o emprego de insetos como armas. Alguns tais como o mosquitos e o
carrapato, são transmissores de doenças, e como "vetores", tem que ser
encarados como possuindo um significante potencial militar. Formas mais altas de vida,
tais como roedores e répteis podem ser omitidos neste contexto.
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Agentes que afetam os animais |
Os agentes bacteriológicos (biológicos) antianimais, tais como o da
febre aftosa e o do antraz, seriam empregados especialmente para destruir animais
domésticos, afetando assim o homem indiretamente, ao reduzir suas fontes de alimentos.
Epidemias de doenças contagiosas entre a população animal conhecidas como epizoótcias,
podem se disseminar muito mais rapidamente do que as epidemias entre seres humanos. As
infecções causadas por vírus provavelmente são mais sérias para os animais do que
aquelas causada por outras classes de microorganismos.
A maioria das doenças bactérias de animais que poderiam provavelmente Ter emprego
bélico são transmissíveis ao homem. Os seres humanos poderiam contrair a doenças se
fossem afetados pela nuvem de aerossol lançada pelo inimigo, e alguns indivíduos
poderiam ocasionalmente contrair a doença de animais contagiados. |
Agentes bacteriológicos (biológicos) |
Como os agentes químicos, os agentes bacteriológicos (biológicos)
também podem ser classificados em termos de destinação de emprego, quer sejam
destinados a incapacitar ou matar seres humanos, incapacitar ou matar animais destinados
à alimentação ou tração u destruir vegetais comestíveis ou safras industriais.
Bactérias, vírus, fungos e um grupo de micróbios conhecidos como richettsia constituem
sem sombra de dúvida, os agentes mais potentes que poderiam era incorporados a um sistema
de armas. Contudo não existem garantias de que, no futuro outros organismos vivos não
possam se tornar mais importantes do que estes em potencial bélico. |
Agentes que afetam a plantas |
A ocorrência natural de devastadoras doenças de vegetais, tais como a
mangra das batatas na Irlanda em 1845, a ferrugem do café em 1870 no Ceilão, a praga das
castanheiras nos Estado Unidos em 1904, e os disseminados ataques de ferrugem nos cereais
(especialmente no trigo) hoje em dia, sugere que a infecção de plantas poderá ser usada
com fins militares. Existem quatro exigências mais importantes para o desenvolvimento
deliberado de uma doença de vegetais em ma proporção de epidemia (epifitóticas);
grandes quantidades da planta a ser vitaminada devem existir na região; o agente deve ser
capaz de atacar variedades particulares da planta-alvo que sejam cultivadas; devem ser
disseminadas quantidades suficientes do agente; e as condições de meio-ambiente da
região devem ser favoráveis à disseminação da doença. Uma epifitose não pode se
desenvolver se alguma condição deixar de ser atendida. |
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